segunda-feira, 15 de junho de 2009

Jovem Belojardinense espancada por ser gay

O Diário de Pernambuco dessa segunda, muito provavelmente levado pela repercussão dos ataques feitos a homossexuais em São Paulo, durante a parada gay, publica um texto, no qual um jovem conterrâneo nosos releva ter sido espancado em função de sua orientação sexual. Seu nome é Joey.

É lamentável que ainda haja quem tenha tais comportamentos diante do oposto. Do diferente. A bem da verdade, ninguém sabe o que o jovem Joey fazia no momento em que foi agredido. A verdade é que muitos gays tentam mesmo chocar moralmente, com palavras, gestos, modos.

Mas nada disso pode justificar. Mesmo que alguns gays extrapolem na demonstração de suas preferências, e isso cause enorme indignação nos que preferem se manter longe de todo esse "glamour" que o mundo gls traz, nada justifica a violência. A violência é o argumento dos covardes.

Leiam o texto do Diário AQUI

“Fui espancado com um rolo de macarrão, tive traumatismo craniano, quebrei alguns ossos da face e passei 15 dias internado no Hospital da Restauração”. Este foi o relato de Joey, um estudante de 28 anos, do município de Belo Jardim, vítima de violência devido a sua orientação sexual. De acordo com o Fórum de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais de Pernambuco (LGBT-PE), o estado é campeão em assassinatos de homossexuais. Só este ano, o Fórum registrou 28 mortes. O número já ultrapassou a quantidade de 2008, onde 27 pessoas foram mortas por causa da orientação sexual.

Além de Joey, a técnica em eletrônica Cristina Guedes, 41, também sofreu com a violência. No caso dela a agressão não foi física, mas verbal. “No trabalho as pessoas me rotularam de ‘sapatão’ só porque tenho cabelo curtinho e pelo meu jeito de ser. Falei com meu patrão e pedi para ele tomar providências. Hoje convivo melhor com meus colegas da empresa”, comemora.

Para cobrar do governo a criação de uma gerência de livre orientação sexual, cerca de 50 lideranças do Movimento LGBT da Região Metropolitana do Recife e outras cidades do interior pernambucano fizeram, nesta manhã, um ato público em frente ao Palácio do Campo das Princesas. A passeata saiu da Assembleia Legislativa, na Rua da Aurora, e seguiu até o Palácio do Governo. Com uma grande bandeira com as cores do arco-íris, símbolo do movimento, eles seguiram pelas ruas cobrando das autoridades a implementação de políticas públicas.

“Queremos que a Secretaria de Defesa Social contabilize as mortes por discriminação sexual. O estado é campeão nesse tipo de crime e nada é feito”, protestou a coordenadora do Fórum LGBT-PE, Ana Carla Lemos.

Reunião - O secretário chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Ricardo Leitão, recebeu representantes do movimento que apresentaran as reivindicações do segmento para análise do governo. Entre os 19 pleitos, alguns foram destacados pelos integrantes do Fórum, como a criação de uma coordenadoria específica que trate dos assuntos relacionados aos direitos dos homossexuais; a publicação dos resultados da Conferência LGBT e o apoio formal do Governo ao programa Brasil sem Homofobia, além de uma audiência com o governador.

Na ocasião, Ricardo Leitão adinatou que o grupo precisaria marcar um horário na agenda do governador, mas que, para a publicação, será necessário o envio do material para que ele seja encaminhado para a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). O secretário disse ainda que a criação de uma coordenadoria e, a conseqüente criação de cargos, está descartada no momento por conta da queda de arrecadação do Estado mas que será aberto um canal de conversação freqüente com o movimento.

Por Edilson Segundo, do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR




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